Oscar Alves
Oscar Alves nasceu no Porto estudou desenho, pintura e escultura, com Maria Luísa Carneiro e Oldemiro Carneiro ao mesmo tempo que ingressa na Escola Superior de Belas-Artes. Foi colaborador assíduo de uma das mais importantes revistas intelectuais da época, “Bandarra” dirigida por António Navarro.
Recém-chegado de Paris, o pintor Eduardo Luís foi o seu futuro grande amigo e marcou para sempre uma grande influência na sua obra.
Depois do Porto, e em busca de novas experiências, Óscar Alves partiu para Lisboa. Quase de imediato expõe na Sociedade Nacional de Belas-Artes, sob o aplauso de Almada e Jorge Barradas e o total aplauso da crítica. Uma fase da sua obra em que ainda se mistura a escultura, a cerâmica e a pintura.
Com a poetisa Natália Correia realizou na Sociedade Nacional de Belas-Artes um polémico espectáculo de poesia surrealista.
As suas obras foram exibidas em exposições individuais e colectivas.
Para a RTP escreveu o bailado “O Prisioneiro” dançado por Vera Varela Cid e Michel Lazrah.
Em 1980 o artista decidiu radicar-se em Madrid onde, durante dois anos, realizou exposições de escultura apresentando pela primeira vez uma nova técnica e novos materiais.
Em 1985 regressou a Lisboa a convite da RTP para dirigir, durante um ano, um programa sobre Artes Plásticas e, no ano a seguir, outro programa sobre o mundo do espectáculo. Voltou a Madrid para com a TV espanhola filmar a última grande retrospectiva sobre a obra de Salvador Dalí, no Museo de Arte Contemporânea de Madrid.
Passou depois a viver definitivamente em Lisboa onde a sua carreira como pintor obteve grande ascenção.
Em 1990 um quadro seu “Duas Luas” foi vendido na Christie´s de Londres e em 1993 regressou a Madrid para expor ao lado de doze dos mais importantes pintores espanhóis.
Em Setembro de 1995 a Christie´s de Nova Iorque leiloou um quadro seu intitulado “Ite Missa Est”.
Tornou-se um artista com um percurso expositivo notável, expondo nos mais conceituados locais e espaços ligados à pintura e à arte na península ibérica.