Jorge Valdivia II
Jorge Valdivia nasceu em Ayacucho no Peru e vive na Alemanha há mais de três décadas. Desde muito jovem que se interessa pela pintura, exercendo sempre profissionalmente esta actividade artística. Evoluiu em busca permanente de uma expressão própria, tendo atingido um nível de qualidade e reconhecimento que lhe permitiu integrar a Associação Internacional de Artes Plásticas da Unesco em Paris.
Alfonso Castrillon Vizcarra, Director da Galeria de Artes Visuais da Universidade Ricardo Palma e crítico de arte, refere-se a Jorge Valdivia como um pintor que “…tem um refinamento sofisticado na escolha e tratamento das suas imagens e, retomando práticas antigas como as veladuras, demonstra uma notável e experimentada técnica, bem expressa na enorme destreza como trabalha os vestidos e os adornos das suas figuras, que afirmam o seu sentido humanista e exaltam a sua individualidade criativa” e diz ainda “…coloca as suas personagens em espaços estranhos e em situações extremas de diálogo absurdo com aves, peixes e répteis… mas as suas composições não são improvisados… partem da arte do passado, de consagradas figuras e peças de museu, negando-as de maneira incomoda, mesmo impertinente, fazendo evidenciar a oposição arte/natureza e mostrando que a realidade se impõe e contradiz às tradições”.
Carlos Germán Belli, Prémio Iberoamericano de Poesia – Pablo Neruda, em 2006, dedicou a Jorge Valdivia um poema, publicado na revista de arte “Sibila 26” em Janeiro de 2008, que assim termina: “…De quien tiene delante un cuadro tuyo / Donde renace un clássico / Y el contemplador boquiaberto tórnase / En alguien que descubre al fin el arte.”
Carlos Germán Belli também referiu…“Admirar os quadros de Jorge Valdivia Carrasco implica um acto duplo, como seja contemplar a arte de um mestre antigo e a arte de um mestre moderno: cada uma das suas obras é a representação de uma tela do primeiro, graças ao arguto pincel do outro. No entanto, esta dupla descoberta imediatamente deixa de o ser, sendo uma coisa só no gozo estético alcançado pelo contemplador, em cuja retina convergem o atraente cromatismo, a cuidadosa concepção das imagens, as alheias e as próprias, e um assombro infinito por tudo aquilo.
Creio que a admiração que Jorge Valdivia professa pelos seus mestres renascentistas é-nos por ele inculcada, ainda que nós apreciemos para além disso e com igual fervor a sua arte singular. Assombra-nos, quer pelo dom de reproduzir com fidelidade modelos pictóricos ancestrais quer pela ousadia de os transgredir com o fogo da sua fantasia, quer ainda por nos surpreender ao verificar que os estilos de um ontem longínquo podem constituir pontos de partida para outra arte, que nasce graças a um pintor tão exímio e tão imaginativo, que deveras poucos como ele existem hoje."
Jorge Valdivia ao longo da sua carreira artística participou em inúmeras mostras colectivas e exposições individuais donde destacamos as mais significativas: 1998 – Museu Nacional do Peru em Lima; 1999 – Museu das Américas em San Juan, Porto Rico; 2001 – Casa Hispano Americana em Milão e Museu Nacional d` Abruzzo em Itália; 2001 – HypoVereinsbank em Mainz, Alemanha; 2003 – Palazzos Comunales em Calvi dell`Umbria e em Gualdo Tadino, Itália; 2005 – Millennium / BCP em Lisboa, Portugal; 2006 Centro Cultural Latino em Dallas, USA; 2007 – Galeria da Embaixada do Peru em Washington, USA; 2008 – Galeria de Artes Visuais da Universidade Ricardo Palma em Lima, Peru. 2010 – “Allarts Gallery” Lisboa, Portugal; 2011 – “Coliseu do Porto” Portugal; 2011 – “2011 Arte Lisboa” Feira de Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal.